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Festivais, a que será que se destinam?

Observatório dos Festivais lançado em grande estilo!

Em pleno domingo à noite, no fervilhante Centro Cultural São Paulo, a pergunta “Festivais: a que será que se destinam?” provocou uma boa conversa com a participação dos convidados e de expressivo público, com representantes culturais de várias regiões do Brasil, assim como companheiros latino-americanos e artistas de importante expressão nacional.Com a presença de Juca Ferreira, Secretário Municipal de Cultura de São Paulo e ex-ministro da Cultura, Valmir Santos, crítico e jornalista especializado em artes cênicas, Kil Abreu, curador teatral do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e de diversos festivais e Rudifran Pompeu, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, Marcelo Bones abriu os trabalhos lançando oficialmente o Observatório bem como o nosso site, ferramenta fundamental de comunicação e diálogo.


Em torno da capciosa pergunta “caêtanica”, apontou Valmir Santos, será mesmo que os festivais têm que chegar a algum lugar? O certo é que os festivais mudaram o local que ocupam no espaço das artes cênicas desde suas versões internacionais precursoras da década de 70 até hoje. Se na época o que importava era trazer as últimas novidades dos grandes nomes do cenário artístico internacional e “atualizar” o Brasil, hoje outros elementos se mostram tão ou mais importantes na hora de nortear uma programação, reivindicou Kil Abreu. Valmir Santos apontou ainda que hoje as escolhas de um curador caminham para a construção de uma identidade temática a cada festival e passam pela relação com a cidade e com o público. “É cada vez mais evidente também não menosprezar o espectador, mesmo aquele espectador que é alheio ao espaço das artes cênicas, pra que todos possam perceber aquilo que a gente chama de arte, sem pré julgá-los e menosprezar” destacou Valmir. Estamos no momento de mais romper as fronteiras geográficas e conhecer as manifestações ao redor do mundo do que as últimas obras dos mais renomados nomes artísticos e que marcaram as gerações passadas. Festivais são agora, talvez mais do que nunca, um espaço de compartilhamento da experiência artística do que se faz em cada canto do planeta e menos a vitrine estrangeira das grandes novidades. Rudfran teceu comentários da importância da Mostra Latino-America para a Cooperativa de Teatro de São Paulo e Juca Ferreira fechou as falas da noite. Abordou o tema dos festivais sob a perspectiva da política pública, pontuando sua importância e repercussão no tecido cultural da cidade. Refletiu ainda sobre a complexa cidade de São Paulo e sua relação com todo o Brasil.

Após as falas apresentamos o site do Observatório dos Festivais e correu uma conversa instigante sobre como desenvolver e aprofundar a função social dos festivais. Cacá Carvalho, Simone Borelli, Beth Néspoli, Paulo Victor Feitosa e outros tantos artistas e produtores, deram sua contribuição para um debate que não começa agora, mas está longe de seu fim.


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